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BRAZÃO - TERRUGEM

Brasão: escudo campo de azul; Coroa Mural de prata de três torres;  Listel branco, com a legenda a negro: «TERRUGEM - ELVAS». 

Motivos: Arado de ouro, guarnecido de prata; em chefe, duas facas de curtidor, de prata, com cabos de ouro, a da dextra posta em barra e a da sinistra em banda; em campanha, buzina de caça de ouro, coroada de prata.

Descrição da simbologia

FACAS DE CURTIDOR
FACAS DE CURTIDOR
Representam a indústria de curtumes à qual está associado o artesanato.
ARADO
ARADO
Representa as actividades económicas, nomeadamente as de carácter rural.
BUZINA DE CAÇA
BUZINA DE CAÇA
Representa as várias agremiações na freguesia, algumas com objectivos voltados para o bem-estar social, outras dedicadas ao desenvolvimento de actividades desportivas.

HISTÓRIA - TERRUGEM

TERRUGEM - ELVAS

A Terrugem é uma aldeia situada no Concelho de Elvas, distrito de Portalegre, com cerca de 1300 habitantes. 

Como freguesia, foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, sendo unidas as freguesias de Terrugem e de Vila Boim, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Terrugem e Vila Boim da qual Terrugem é a sede. 

Esta típica aldeia Alentejana possui uma área de 72,73 km² de área e tem como base económica, tanto a agricultura de sequeiro como a indústria de cortumes, sendo esta última actividade, a fonte empregadora de cerca de uma centena de habitantes. 

A Terrugem fica localizada a 16,8km de Elvas, cidade com as suas fortificações, foi classificada pela UNESCO como património mundial, oferecendo um leque de bens culturais dignos de serem visitados.

ORIGENS

A sua história parece começar no período islâmico, ainda que o território da freguesia tenha tido forte presença romana e visigótica. Neste período a povoação ou ainda herdade é apelidada de Tarruja ou Taruja. Conquistada através de um fossado por D. Afonso Henriques juntamente com São Romão e a Herdade de Fatalão, seria perdida novamente anos depois e reconquistada definitivamente por D. Sancho II. Após a conquista deste monarca, passa Terrugem a pertencer a Vila Viçosa. A Igreja Matriz deve datar desta época, embora esteja muito alterada pelas obras que sofreu durante a segunda metade do séc. XVIII. Em 1758, a Freguesia de Terrugem possuía 464 habitantes. 

A palavra Terrugem surgiu no passado como Taruga, Tarruja, Tarrugem e Terruge. Turigiam é a denominação do latim bárbaro que surge no foral de Vila Viçosa, dado por D. Afonso III em 1270. Documento em que aparece a referência mais antiga à povoação. 

A ocupação deste território remonta a tempos pré-históricos, o que se confirma pela existência na região periférica de dolmens ou antas em abundância. É no período Neocalcolítico, que medeia sensivelmente entre 4000 a.C. e 1800 a.C., que começam a surgir os primeiros marcos arquitetónicos construídos pelo Homem: as antas. 

No monte de Santo António, no cabeço e na encosta a norte da Terrugem, existem vestígios de ocupação romano-visigótica. Ali foram feitas sondagens e explorações que revelaram a existência de uma comunidade que existiu, praticamente desde há dois milénios. Regista-se ainda uma villa da época imperial, com colunas, mosaicos, possíveis termas e uma necrópole associada, tudo com largo tempo de ocupação, possivelmente desde o Baixo-Império, até ao período visigótico. Identificou-se ainda, numa área de ocupação considerável, calculada pela presença de alicerces, um grande edifício de planta retângulas, feito em blocos de granito, em conjunto com um possível complexo termal. Foram recolhidos metais, elementos de construção em mármore, terra sigillata, um amuleto feito de osso, várias moedas romanas e médios e pequenos bronzes do Baixo-Império.

Foi também escavado um cemitério de inumação tardo-romano com as sepulturas a rodearam por três faces, os alicerces de um grande edifício de planta retangular, feito de blocos de granito. Algumas sepulturas foram reutilizadas chegando mesmo uma dela a conter oito crânios, patenteando o caráter de inumações ad sanctus. 

Entre outros artefactos, desta necrópole provém, ainda, um colunelo torso feito de mármore, uma rosácea em granito e uma colher com a inscrição AELIAS. VIVAS IN XP, com o característico crismon cristão, portanto remetendo esta inscrição paleocristã para uma datação entre os séculos IV e V d.C.

 

Fontes: Câmara Municipal de Elvas | wikipedia

EVENTOS - TERRUGEM

AS ALELUIAS

AS JANEIRAS